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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O Comportamento Humano nas Organizações.

Resenha critica-reflexiva sobre o Capitulo 3 do livro de Kanaane, Roberto Comportamento humano nas Organizações.

Entendi-se que o homem é um ser social por natureza, e que vai se humanizando com o processo de socialização em determinado tempo. Cada indivíduo nasce com uma genética, e com o convívio familiar, regional e cultural vão-se moldando o caráter e personalidade, com princípios, valores, normas que são vigentes em sua sociedade, sendo estes fatores responsáveis pelo seu condicionamento em relação ao outro, e se une aos que compartilham os mesmos valores e formam seus grupos, que pode ser ideológico, político, econômico e cultural. No entanto, nem todos os valores, princípios e normas, que a ele é passado são incorporados em sua totalidade, pois o indivíduo se utiliza de critérios peculiar a si, e do grupo que ele almeja fazer parte para formar a sua personalidade e o seu caráter. Para estes fins, utilizam-se dos meios de comunicação social, relacionamentos e experiências diretas com o grupo. Assim o indivíduo é o resultado de inúmeras influências que lhe proporciona uma evolução, que será aproveitado pelos grupos e organizações que venha a fazer parte.
A Revolução Industrial, sobre o ponto de vista histórico, trouxe transformações vitais para as organizações e para a humanidade.
Do ponto de vista da evolução notou-se que houve um rápido avanço não só da tecnologia como também das grandes descobertas científicas, promovendo um avanço tecnológico industrial de larga escala, e que muitas vezes não possuía suporte para sustentá-las. Entre os avanços citam-se os seguintes:
• A concentração das unidades produtivas;
• A expansão da produção e dos setores estratégicos;
• A padronização da população ativa do país;
• A superação de precedentes (relações de produção cidade/campo);
• A tendência à urbanização;
• O surgimento de novas políticas.
A Revolução Industrial na realidade constituiu uma sociedade basicamente capitalista, onde o fortalecimento da produção possibilitou o desenvolvimento da diversificação das indústrias. E com isso, não só trouxe um grande desenvolvimento na racionalização e organização do trabalho, como também trouxe um desequilíbrio em várias áreas, entre elas à ecológica e psicológica. Segundo Friedmann, o trabalho assume os seguintes aspectos:
• Aspecto técnico, que implica em questões da adaptação e de local de trabalho, sob os aspectos sociológicos e fisiológicos.
• Aspectos fisiológicos - apontando as questões existentes entre o local de trabalho e os aspectos psicossomáticos.
• Aspecto moral – abordando os aspectos relacionados às atividades sociais humanas considerando as aptidões, as motivações e satisfações humanas.
• Aspecto social, que considera basicamente as questões do ambiente de trabalho e dos fatores externos (família, sindicatos, partidos políticos, classe social, entre outras).
• Aspecto econômico, considerando o fator da produção de riquezas e outros fatores como: organização, propriedade, terras, etc.
Através dos aspectos citados, Friedmann, conclui que o trabalho é uma ação humanizada exercida num contexto social, que sofre influências oriundas de distintas fontes, o que resulta numa ação recíproca entre o trabalhador e os meios de produção. Na sociedade em que vivemos grande parte ou até mesmo, quase todo o processo produtivo é realizado dentro das organizações, assim o homem, passa a maior parte do tempo dentro das organizações, onde ele depende para sua vivência, ou seja, necessita dela para aprender, ganhar seu salário, curar suas doenças e obter todos os produtos e serviços de que necessitam, assim, dentro de uma visão mais ampla, as organizações acabam por serem unidades sociais ou agrupamentos humanos, a fim de atingir objetivos específicos. Dentro das organizações, os Recursos Humanos, constitui o mais valioso dos recursos, pois as pessoas são dotadas de habilidades, capacidades e conhecimentos. A complexidade do homem, muitas vezes dificulta a compreensão de sua natureza e de suas ações. A motivação que se completa com a satisfação, ou frustração ou ainda a compensação de suas necessidades, faz com que, o homem seja um ser transacional, voltado para objetivos. Assim, as necessidades humanas, podem ser definidas como objeto de motivação das pessoas para a produção do clima organizacional e é por este influenciado.

Entrevista com o Profissional Contábil

O Sr. GALBER LIMA, é contador e exerce a função há 08 anos. Concedeu-nos está entrevista para fins de colaboração do nosso aprendizado no curso de Ciências Contábeis da Faculdade Castro Alves.

Segue nossas perguntas e respostas para vosso conhecimento de como anda o mercado de trabalho no campo da Contabilidade.

1-Por que você escolheu a Contabilidade para seu ramo principal de atividade?

Bem. Eu escolhi a contabilidade por ser um ramo muito diversificado. Ela vai muito além de números; ela vem mostrando novos horizontes, conquistando novos espaços dentro do mercado de trabalho.

2- Como a Contabilidade contribui para o seu desenvolvimento pessoal?

A Contabilidade contribui para minha vida quando ela me mostra uma realidade de vida muito diferente da que eu pensava. A Contabilidade levou a minha vida pessoal para outros caminhos.

3- Qual as vantagens e desvantagens de ser um Contador?

A pessoa que quer ser realmente um contador precisa ler muito, se dedicar bastante aos estudos em especial com as Legislações vigentes, elas mudam a todo instante. Com especialização temos mais vantagens de ser bem remunerados. Caso contrário, caímos na estagnação e com certeza estaremos em desvantagem.

4- O que é preciso para ser um bom Contador?

Otimista, disciplinado, criativo e acima de tudo está aberto para as novidades que cada dia vai surgindo e se adequando a elas.

5- O que você acha da questão de se avaliar o graduado em contabilidade?

Acho que toda profissão tem e deve ter seu critério de avaliação. Elas servem para avaliar estes profissionais que devem buscar as atualizações exigidas pelo mercado, pelo governo, e por outros setores que se utilizam desses serviços.
Mas, entendo também que através de uma única prova não se pode avaliar o nível de capacitação do profissional. Mas enfim, se o Conselho assim determina, temos que nos submeter a essa avaliação e dá o melhor de si.

6- Como você vê a Evolução da Contabilidade?
Bem. Vejo que a cada dia a Contabilidade vem se modificando de forma assustadora. Essas mudanças sofridas no contexto histórico da evolução contábil se dão pelo avanço da tecnologia que segue em intensa velocidade, exigindo-nos força e muito conhecimento para acompanhá-la. A contabilidade está crescendo de forma assustadora nos obrigando a viver estas modificações dia após dia.

Processo Histórico e Evolução da Contabilidade

Processo Histórico e Evolução da Contabilidade
INTRODUÇÃO
Apesar de ter se estruturado como Ciência moderna apenas em meados do século XIX, sabe-se hoje que os primeiros registros contábeis primitivos foram realizados há cerca de 200 séculos e, portanto, ainda na Pré-história. Segundo IUDÍCIBUS (2005), “a Contabilidade é tão antiga quanto o próprio homem que pensa”, ou seja, mesmo que de maneira empírica e, conseqüentemente, não científica, as civilizações primitivas já utilizavam ferramentas contábeis básicas para controlar o seu patrimônio.
Devido a essa imensa dimensão histórica, vários autores apresentam categorizações diferentes de períodos para o estudo da evolução do pensamento contábil, no entanto todas não passam de formas diversas de estudo de um único assunto, a História da Contabilidade.
EVOLUÇÃO DA CONTA BILIDADE
Para que se possa compreender com mais afinco a contabilidade, se faz necessário uma abordagem do início de suas profundas origens, pois só as origens darão uma melhor idéia para justificar os fatos presentes.

Pelo fato do homem não saber escrever há mais de 20.000 anos atrás, ele criou uma das formas mais primitivas de inscrição, que foi a artística, para registrar seus feitos durante o dia. O homem caçava algum animal ou apanhava algum fruto e posteriormente registrava em pinturas gravadas nas paredes esses fatos, podendo-se concluir que nascia daí a necessidade de controle da entidade.

Observa-se que a Contabilidade possui algo em comum com a arte, a Escrita e a Matemática, pois são ciências que surgiram ao se usar uma à outra como base para registros dos fatos que ocorriam no dia-a-dia.
Segundo Sá (1997, p. 21), O mais antigo documento dessa época que se conhece parece ser o que nos apresenta Figuier. Foi encontrado na gruta D´Aurignac, no departamento de Haute Garone, na França; uma lâmina de osso de rena, contendo sulcos que indicam quantidades.

REGISTROS DO PATRIMÔNIO.
Os fatos anteriormente citados evidenciam uma pequena parcela do que, com o passar dos anos, o homem descobriria sozinho como registrar seus bens usando até então a desconhecida Contabilidade.
Segundo Sá (1997, p. 19) “o nascimento da Contabilidade é o da inscrição de elementos da riqueza patrimonial, passando, aos poucos, a registros de melhor qualidade”.
Há mais de 6.000 anos atrás, o comércio era intenso, o controle religioso sobre o Estado já era grande e poderoso, daí derivando grande quantidade de fatos a registrar, ensejando, também, o desenvolvimento da escrita Contábil.

Todos os registros eram feitos usando-se peças de argila com relação a cada fato, quando surgiu a expressão “meu” e “seu”, de Débito e Crédito, sendo “Débito” (o que alguém tem que me pagar) e “Crédito” (o que eu devo pagar a alguém).
Com o advento do Papiro no Egito, a Contabilidade só teve a ganhar, pois ela pode ter seus registros mais sofisticados passados em Livros Contábeis. A invenção da escrita impulsionou mais a evolução, segundo estudiosos da questão; foi a escrita Contábil que deu origem à escrita comum e não o inverso.

De acordo com Sá (1997, p. 19), amplo era o uso dos livros na antiguidade clássica, porque ampla era a análise dos fatos, os romanos chegavam a ter um livro de escrituração de fatos patrimoniais para cada atividade que era desenvolvida (livro de fabricação do azeite, livro da fabricação do vinho, livro dos bens patrimoniais, livros das despesas e receitas, e outros).
PARTIDAS DOBRADAS
O registro de um fato em sua causa e efeito fez surgir o que se chama de Partidas Dobradas, sendo que todo Débito equivale a um Crédito e vice-versa.
Existem várias especulações sobre o surgimento desta técnica de Partidas Dobradas, mas seu autor, em verdade, não se conhece.
Vários fatos impulsionaram seu surgimento, entre eles destacam-se o crescimento do Capitalismo nos fins da Idade Média, a aplicação dos números arábicos à escrituração e a maior necessidade de dar relevo às contas do lucro e outros.

Sá (1997, p. 34) afirma que:
A influência da matemática, o fato de a escrita contábil estar atada ao cálculo desde seus primeiros tempos e ter-se intensificado seu ensino nas escolas de matemática, tudo isto nos fez aceitar a força da mente lógica como geradora do processo das Partidas Duplas. O hábito das equações, o valor das matemáticas associadas à contabilidade, pode ser gerado a hábito da igualdade de Débito e Crédito, e esta nos parece uma hipótese bastante forte no campo histórico.

Em novembro de 1494, o franciscano italiano frei Luca Pacioli publicou a primeira literatura contábil “relevante”, consolidando o método das Partidas Dobradas, com expressões de causa e efeito do fenômeno patrimonial com os termos de Débito e Crédito.
O conceito de dualidade freqüentemente utilizado para justificar as partidas dobradas apenas exige que sejam reconhecidos dois lados de cada transação. Isto poderia ser com igual facilidade feita numa única coluna, usando-se sinais positivos e negativos, quanto em duas colunas com débitos e créditos.
Vale salientar que nessa época vários eram os folhetins publicados por diversos autores sobre a contabilidade, mas nenhum foi tão completo quanto ao do frei, sendo que o mesmo não descobriu as Partidas Dobradas, mas sim aprimorou a conhecimento sobre o citado assunto, pois, elas já eram conhecidas e usadas desde o século XIII.
Várias são as hipóteses sobre o surgimento das Partidas Dobradas, cada autor o interpreta de um modo. Observando-se esta dificuldade, é difícil e delicado afirmar quem foi o verdadeiro pai das Partidas, pois elas foram evoluindo gradativamente e em cada época os estudiosos aperfeiçoavam-nas conforme suas necessidades

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Resumo do Filme Amor sem Escalas.

1.      FICHA TÉCNICA

Filme
Amor sem Escalas (Up in the Air)
Elenco
George Clooney
Vera Farmiga
Melanie Lynskey
Anna Kendrick
Danny McBride
Direção
Jason Reitman
Roteiro
Jason Reitman
Sheldon Turner
Lançamento
2009 (EUA)
Cartaz de Divulgação



2.      RESENHA
O protagonista do filme é Ryan Bingham (George Clooney), um homem de meia idade que possui uma profissão bem peculiar: Conselheiro de Transições de Carreira. O trabalho dele consiste em viver viajando pelos Estados Unidos, demitindo funcionários de empresas em crise financeira. Apesar da profissão de Ryan poder ser considerada desagradável pela maioria das pessoas, ele gosta muito do que faz, principalmente devido ao estilo de vida desapegado e sem comprometimento que esse trabalho lhe proporciona.
Depois de anos nessa profissão, Ryan já tem memorizado o roteiro de como demitir as pessoas e de como lidar em cada situação. Além de dispensar as pessoas, o papel de Ryan é mostrá-las que o momento apesar de difícil, deve ser encarado como uma oportunidade de mudança. Porém, como ele é uma pessoa fria e metódica, não se sensibiliza com a reação dos funcionários demitidos, limitando-se em executar a tarefa lhe designada.
Ryan acha a vida dele perfeita e o normal para ele é estar viajando a trabalho. A permanência dele em aeroportos e hotéis traz satisfação a ponto dele se orgulhar em ser capaz de saber detalhadamente como se posicionar em situações inusitadas e prever potenciais problemas durante as viagens.
Apesar de ter uma casa, em que passa somente alguns dias por ano, esta não pode ser considerado um lar. Também fica evidente o desconforto de Ryan quando está em casa, preferindo, sem dúvidas, estar constantemente viajando a trabalho.
A vida social de Ryan é comprometida, pois devido às viagens ele não cria vínculos com as pessoas, nem mesmo com os familiares (possui duas irmãs que mal tem contato). Os relacionamentos amorosos dele são esporádicos e superficiais, entretanto suficientes para ele.
No filme fica claro que a vida de Ryan é solitária e vazia, mas que ele se sente muito satisfeito com ela, não pensando na possibilidade de modificar o seu estilo de vida.  É prejudicial para o ser humano viver solitário, sem estabelecer relações sociais, uma vez que o homem sem vida própria está vulnerável a se escravizar por aquilo que julga ser o melhor pra si mesmo. No caso de Ryan, o trabalho o escravizou sem que ele percebesse isso.
Ryan é membro de elite de todos os programas de fidelidade das companhias aéreas e o maior objetivo de vida dele é atingir dez milhões de milhas voadas. Analisando o grande objetivo da vida dele dá para perceber claramente como os valores dele são fúteis.
Ryan faz parte de vários grupos sociais, o que é normal, principalmente na sociedade contemporânea em que ele vive. Os grupos sociais que ele participa mais focados no filme são os seguintes: Família, Programas de Milhas e Conselheiro de Transições de Carreira.
É visível que ele tem consciência que faz parte desses grupos, mas interage com os demais participantes de forma fria, distante e impessoal. Fica evidente que apesar dele realizar ações conjuntas com os demais participantes dos grupos sociais que ele pertence, o egocentrismo e individualismo dele fazem com que se sinta desconfortável em algumas situações. No casamento da irmã, por exemplo, é notório que apesar dele ser membro da família, fica pouco a vontade em atuar como um participante atuante deste grupo.
No filme percebe-se que Ryan aprecia a cultura organizacional da empresa que trabalha, pois se sente parte integrante, completamente à vontade e satisfeito quando está no escritório da organização (poucos momentos entre uma viagem e outra). Além disso, possui um bom relacionamento com o superior imediato e com os colegas, sempre sorridente e animado, confortável como sendo parte integrante desse. No entanto, não cria vínculos mais próximos nem relações sociais com os demais funcionários do trabalho. Os direcionamentos das atividades dele são realizados pelo seu superior imediato, que demonstra ter total confiança na capacidade profissional de Ryan.
O cenário de crise financeira pelo qual os Estados Unidos passavam em 2009, ano de lançamento do filme, faz com que o processo demissional e o drama de cada profissional dispensado sejam abordados de forma atual (na época). Os depoimentos das pessoas no momento da demissão são os mais variados, apresentando claramente a diversidade do comportamento humano diante da mesma situação: a demissão.
Ryan está muito satisfeito com a vida que leva até que o chefe dele contrata Nathalie Keener (Anna Kendrick), uma jovem que desenvolveu um sistema de videoconferência que possibilita que o processo demissional seja realizado à distância. Com isso, os custos com viagens serão reduzidos, não havendo mais a necessidade do Conselheiro de Transições de Carreira se deslocar para efetuar a dispensa.
Ryan se sente amedrontado com a implantação do sistema de videoconferência. O medo é devido ao fato dele não mais viajar para demitir as pessoas, o que significa abandonar o estilo de vida desapegado e se fixar no escritório da empresa e na residência dele. Além disso, a tendência é haver a redução de Conselheiros de Transições de Carreira, já que não mais haverá o deslocamento. 
A mudança e a possibilidade de ser demitido o assusta. Todo processo de mudança nas organizações por mais bem feito que seja tende a deixar os funcionários tensos. As pessoas necessitam de um tempo de adaptação, pois toda mudança envolve algum tipo de perda, sendo comum enxergar mudanças como sendo um perigo ou ameaça. Ryan passa a ter sentimentos similares aos que os demitidos por ele sentiam e que ele não se sensibilizava.
A partir de então, ele elabora a estratégia de convencer Nathalie do erro que é a implementação do sistema e da necessidade da demissão ser feita de forma presencial. Não que ele se importe com o sentimento dos profissionais dispensados, mas sim para eliminar o medo que havia se firmado nele. Vale salientar que é comum haver resistência quando acontece algum tipo de mudança na organização.
 O objetivo final a ser realizado pela empresa de Ryan continuará sendo alcançado com a implantação do sistema de videoconferência: realizar a demissão. Mas, o ato de demitir com certeza se tornará ainda mais frio e impessoal, uma vez que nem mesmo a presença física do Conselheiro de Transições de Carreira haverá.
É questionável o tipo de líder que as organizações que contratam os serviços de Conselheiros de Transições de Carreira possui. Que liderança é essa que se esconde por trás de um Conselheiro para demitir os seus liderados? É importante que a atuação do líder contemple desde o processo seletivo até a dispensa do funcionário.
Na admissão é relevante que o líder determine as características que deseja para o integrante da equipe dele (no filme não mostra como é realizado pelas organizações o processo admissional) e na demissão espera-se que o líder converse com o funcionário para explicar o motivo da dispensa e ressaltar os aspectos positivos e negativos da contribuição dele no grupo.
Para o liderado, a opinião do líder é muito importante, principalmente se for um líder democrático ou liberal. Depois dessa conversa franca e respeitosa, a empresa poderia optar por conduzir o ex-funcionário aos cuidados do Conselheiro de Transições de Carreira, com o objetivo de um profissional capacitado auxiliar o trabalhador nesse momento delicado, ajudando-o a visualizar novas possibilidades de atuação.
Ryan e Nathalie passam a viajar juntos para que ele a mostre a realidade do trabalho, convencendo-a de como é importante que o processo de dispensa seja presencial. Porém, Nathalie se sensibiliza em diversas demissões em que participa, principalmente na de uma senhora negra que diz que a única alternativa para ela é pular da ponte, e realmente o faz. Contudo, Ryan tenta ajudar Nathalie com ensinamentos que traduzem frieza e falta de humanidade, mas ela, apesar de se esforçar, não consegue permanecer imparcial ao sofrimento dos dispensados.
Em uma das viagens, Ryan conhece Alex (Vera Farmiga), que possui um estilo de vida bem parecido com o dele: passa mais tempo viajando a trabalho do que em casa. Os dois se envolvem em um relacionamento amoroso, em que somente se encontram entre vôos, conexões e escalas. Isto é o bastante para ambos, até que Ryan percebe que a vida é mais do que o acúmulo de milhas. Dessa forma, ele começa a se questionar a respeito do seu estilo de vida, as relações humanas frágeis ou inexistentes que possui, o que ele representa na vida dos outros e o que os outros representam na vida dele.
Nesse contexto, Ryan decide mudar a sua vida e o primeiro passo para ele é tentar estabelecer um vínculo amoroso com Alex. Para tal, parte para um encontro surpresa e se dirige a casa dela. No entanto, fica bastante decepcionado quando percebe ser insignificante na vida dela, já que ele descobre que ela possui um lar, família (marido e filhos), ama e é amada pelas pessoas.
A frustração é tamanha que Ryan finalmente percebe como tem uma vida solitária, fria e vazia. Logo após essas descobertas, ele consegue alcançar o grande objetivo da sua vida até então: acumular dez milhões de milhas voadas. O que seria uma grande realização pessoal, tornou-se fugaz, insignificante, pois os valores dele haviam se modificado.
No final do filme são apresentados novos depoimentos dos demitidos, após algum tempo após a dispensa. Eles demonstram que quase todos conseguiram enxergar novos valores após a demissão, passaram por momentos iniciais muito difíceis, mas conseguiram se reerguer e mudar a percepção do que realmente é importante na vida.
Para Ryan o momento de mudar chegou, ele finalmente conseguiu perceber como seus valores estavam invertidos e a valorizar as pessoas, os sentimentos, o lar, enfim a importância de estabelecer relações humanas. Isto já é um grande começo e promete uma importante mudança na vida dele. Nunca é tarde para refletir e promover mudanças na vida, o grande desafio é seguir em frente e recuperar o tempo perdido.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

AMIZADE x AMBIÇÃO


Pedro, Antônio e Fernando sempre foram grandes amigos. Desde a infância brincavam juntos e estudavam no mesmo colégio. Todos fizeram o curso de Ciências Contábeis, porém em faculdades diferentes. Entretanto, isso não foi motivo para esfriar a amizade.

Figura 1 - Pedro, Antônio e Fernando quando crianças brincando.

Ao se formar, Pedro participou de um processo seletivo para o cargo de auditor na empresa Sincronize Tecnologia (multinacional da área de Tecnologia da Informação) e foi aprovado. Ficou muito feliz e prometeu aos amigos Antônio e Fernando que ficaria atento para o surgimento de outra seleção para auditor para informar aos amigos.

Figura 2 – Pedro feliz com a conquista do emprego.

Depois de um ano, surgiram quatro vagas na Sincronize. Antônio e Fernando se inscreveram no processo seletivo e também ingressaram na organização. Dessa forma, os três amigos passaram a trabalhar na mesma empresa. Eles comemoraram muito a conquista do trio: além de trabalharem juntos, estavam em uma grande empresa, em que havia possibilidade de crescimento profissional.
Figura 3 – Comemoração dos amigos.

Hierarquicamente, eles estavam abaixo do Presidente (Paulo), Diretor Geral (Roberto), Diretora da Área de Auditoria (Vanessa), Gerente da Área de Auditoria (César) e da Coordenadora da Área de Auditoria (Carolina). Eles não tinham contato com Dr. Paulo e Dr. Roberto, com Dra. Vanessa o contato era pequeno. Mas com César o contato era grande e com Carolina era intenso, pois era ela quem passava diretamente as atividades e diretrizes da organização para eles.

O ritmo na Sincronize era intenso, mas o salário e benefícios compensavam. Eles eram jovens e estavam dispostos a se dedicarem ao máximo para conseguirem uma promoção. Pedro como trabalhava há mais anos na empresa, auxiliava os amigos em algumas tarefas e indicava os melhores caminhos a seguir. Além disso, eles continuavam saindo juntos, se divertindo, nos tempos de folga.
Figura 4 – Companheirismo dentro e fora da empresa.

Um ano se passou e Carolina, a Coordenadora da Área de Auditoria, foi promovida para assumir a Gerência de Fiscalização e ficou muito satisfeita com o convite. Os auditores logo se deram conta da oportunidade que havia surgido, pois com a transferência de Carolina, a vaga de Coordenador da Área de Auditoria estava em aberto. Era uma grande oportunidade que eles não queriam perder.

Figura 5 – Visualização de uma oportunidade.

No dia seguinte, Pedro e Antônio, dentre outros, viram a oportunidade de assumirem o cargo. Sem dúvidas Pedro era o mais preparado e tinha mais anos de empresa, sabia perfeitamente o funcionamento dos processos e a interação existente entre as áreas da organização.


Cada um dos amigos utilizou uma estratégia para conseguir o seu objetivo:
·         Pedro: preferiu ficar realizando o seu trabalho como antes, pois o seu conhecimento e desempenho na empresa já eram conhecidos por César;

Figura 6 – Pedro trabalhando normalmente.

·         Antônio: adotou a tática de se mostrar, passou a estar mais presente aos olhos de César e se esforçava para opinar em sincronia com as idéias do gerente;

Figura 7 – Antônio conversando animadamente com César.

·         Fernando: ficou em dúvida do que fazer para conseguir o seu objetivo, mas não resistiu e copiou o relatório que Pedro tinha preparado com sugestões de melhoria no processo de auditoria, alterou algumas partes e o apresentou para César, se apropriando da autoria do documento.

Figura 8 – A tentação de Fernando.

César ficou encantado com o relatório apresentado por Fernando e resolveu nomeá-lo coordenador da área. Esta promoção foi uma grande surpresa para todos, pois eles não esperavam que justamente Fernando, que era visivelmente o mais despreparado da área, assumisse tal cargo. Pedro e Antônio, apesar da surpresa, não deixaram de comemorar com o amigo a promoção.

Figura 9 – Colegas surpresos com a nomeação de Fernando.

Quinze dias depois da promoção de Fernando, Pedro percebeu que as sugestões dele estavam sendo implementadas. Mas como, se ele não havia mostrado a outra pessoa? Ele ficou intrigado com a situação e resolveu investigar.
Figura 10 – Pedro intrigado.

Foi quando Pedro descobriu que havia sido traído pelo próprio amigo Fernando. Como Fernando havia tido coragem de fazer isso com uma pessoa? E ainda mais com ele que era amigo de infância? A que ponto havia chegado a ganância pelo cargo! A ambição tinha superado tudo, todos os princípios que eles possuíam? Valia mais uma promoção do que a amizade de toda uma vida...

Pedro ficou desolado, perdido, sem saber o que deveria fazer. Pensou em se desligar da empresa, mas sabia que não era justo, pois ele havia sido o primeiro a ser selecionado... Ele estava cada vez mais triste e incerto do melhor a fazer.
Figura 11 – Indecisão de Pedro.
Pedro resolveu, então, contar tudo a Antônio, que a primeira vista não acreditou no que estava acontecendo... Como Fernando poderia ter feito isso? Logo com um amigo de infância? Após conversar bastante com Antônio, Pedro resolveu procurar César para contar o ocorrido.

Figura 12 – Conversa entre Pedro e Antônio sobre os acontecimentos.

César ficou surpreso com tudo o que Pedro havia contado, pois ele conhecia muito bem Pedro e sabia que ele seria incapaz de mentir para se promover. César decidiu demitir Fernando da empresa.

Figura 13 – Fernando sendo demitido.


Para não errar outra vez, César tomou a decisão de abrir um processo seletivo interno para nomear o novo coordenador da área. Pedro foi o primeiro colocado e então promovido a Coordenador da Área de Auditoria.

Figura 14 – Pedro feliz em passar na seleção.

Depois do ocorrido, a amizade de Pedro com Fernando terminou e os laços entre Antônio e Fernando ficaram muito estremecidos. Fernando ficou triste com o que fez e se culpava o tempo todo pelo rompimento da amizade. Ele percebeu que a amizade era mais valiosa do que a promoção do cargo. Além disso, viu claramente que a sua atitude havia sido desonesta.

Figura 15 – Arrependimento de Fernando.

Fernando resolveu, então, procurar os amigos e pedir perdão pelo que havia feito. Ele estava tão abatido, envergonhado com a situação que falou palavras do fundo do coração. Pedro e Antônio se comoveram e desculparam o amigo, pois perceberam a verdade na palavra de Fernando e deram mais uma chance à amizade. O perdão faz bem à alma!

Figura 16 – O perdão.


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Perfil do Contador na atualidade: Um estudo exploratório.



De acordo com os autores, a globalização com suas origens e conceitos que a elucidam e as conseqüências dela para a economia dos países, empresas e demais agentes econômicos indicam que o perfil do profissional contábil do futuro deverá ser mais inovador e criativo para atender as demandas empresariais, devido aos grandes recursos tecnológicos e a intensa competitividade em todos os setores de uma empresa. Com isso o profissional contábil tende a ser mais competitivo para se manter no mercado de trabalho.
No âmbito da necessidade das empresas terem mais inovação e criatividade, a contabilidade também passou a ser questionada quanto à validade e utilidade de suas práticas, as quais compreendem um conjunto de informações que objetivam subsidiar todo o processo de gestão dos negócios. A esse respeito, foi enfatizado que os informes da contabilidade gerencial, da forma como executados, eram de pouca valia frente às necessidades dos gestores organizacionais. Em decorrência disso, diversas práticas de contabilidade foram desenvolvidas, visando recolocar a contabilidade como uma efetiva fonte geradora e divulgadora de informações essenciais a um eficaz processo de gestão. O objetivo central da pesquisa do autor é investigar qual o perfil dos contadores na atualidade, baseadas nas transformações ambientais a que as empresas estão submetidas, e as novas exigências que também se impõe a esses profissionais.
Nesse novo ambiente, os contadores para efetivamente contribuírem no processo de geração de valor às organizações devem incorporar novas habilidades pessoais, desenvolver a capacidade de entendimento do negócio, adotando uma postura mais empreendedora. Em resumo, devem incorporar requisitos que os credenciem a postular maior inserção no processo de gestão.
Tem-se verificado, nas últimas décadas, um questionamento quanto à capacidade da contabilidade estar amparada por instrumentos e procedimentos que a viabilizam cumprir, de forma efetiva, o seu papel de servir como fonte de informações fundamentais à sustentação de uma eficaz gestão empresarial.
Além disso, muitos profissionais têm mudado a imagem de um departamento contábil isolado, passando a atuar de forma mais próxima aos departamentos operacionais, local onde as decisões se materializam. A formatação desse novo perfil dos profissionais da contabilidade está bem definida e estabelecida nas competências funcionais, pessoais e amplo entendimento de negócios.
Os autores concluem que, é extremamente necessário que os educadores em contabilidade desenvolvam um novo currículo visando melhor preparar os estudantes para esse novo ambiente onde o futuro profissional irá desenvolver suas atividades, enfatizando a necessidade de o ensino contábil direcionar seu foco também para as novas habilidades de relacionamentos interpessoais e tecnológicos requeridos pelo mundo dos negócios o que possibilitará uma completa preparação para os futuros contadores, frente a um ambiente sob dramáticas mudanças.
Dessa maneira esse novo perfil permitirá aos contadores melhor compreenderem os aspectos sistêmicos que envolvem a gestão organizacional, o que certamente possibilitará a eles desenvolver habilidades necessárias para melhor compreenderem e contribuírem na busca da eficácia e continuidade das organizações.



  • Referência Bibliográfica:
CARDOSO, Jorge Luiz, SOUZA , Marcos Antonio de, ALMEIDA, Lauro Brito.  Perfil do Contador na Atualidade: Um estudo exploratório. Disponível em: <http://www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/images/stories/pdfs_base/v3n3/art06  cardoso.pdf. > Acesso em: 15 mar. 2010.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Resenha do filme O TERMINAL


 Produzido nos EUA em 2004 por Steven Spielberg, o filme O TERMINAL, aborda a importância da comunicação para estabelecer um convívio social.
 Tom Hanks interpreta o personagem principal, Viktor Navoski, um visitante cujo país de origem é a fictícia Krakozhia, localizado no leste europeu. Ao desembarcar no aeroporto de Nova Iorque ele tem seu passaporte e sua moeda invalidados e por possuir um dialeto russo e sem o domínio da língua inglesa demora a entender que, durante a viagem, o seu país sofreu um golpe político e está em guerra. Sem a autorização para entrar nos EUA e nem para voltar para a sua terra natal, Viktor passa a morar no aeroporto. O Filme se desenvolve a partir das dificuldades que ele encontra para comunicar-se com o diretor do aeroporto Frank Dixon, interpretado por Stanley Tucci. Frank tenta explicá-lo através de gestos o fato ocorrido, porém não obtém sucesso, pois não havia compreensão da comunicação de ambos os lados.
 A importância do domínio da comunicação é clara no filme, obrigando Viktor a aprender o código local utilizando-se das seguintes estratégias:
  • Linguagem mista - apresentado quando, ao ouvir o hino da sua pátria e assistir às cenas de “guerra” na TV, ele entende o que está de fato acontecendo mesmo sem entender a língua falada no noticiário;
  • Linguagem verbal – Viktor utiliza de dois livros iguais e de idiomas diferentes e por processo de comparação apropria-se de várias palavras conseguindo entender e ser compreendido. Podemos citar ainda a existência de inúmeras placas de sinalização com símbolos e nomes de itens como: telefone, escadas rolantes, banheiros, entre outros. Ainda assim, existem pessoas que passam despercebidas e não prestam a devida atenção nestas placas quando expressam sinal de perigo como foi o caso da placa de piso molhado.
  • Linguagem não verbal (som) – O diretor estimula Viktor a fugir e através da movimentação e sonorização das câmeras este percebe que está sendo observado e não sai do aeroporto.
 Há uma cena em que um passageiro é preso portando remédios de uso controlado e o conflito começa, pois o diretor e a equipe de segurança do aeroporto não conseguem entender a língua falada pelo passageiro, que perde o controle e ameaça vários funcionários. Nesse instante Viktor é chamado para traduzir a mensagem falada no dialeto de Krakozhia, intermediando e solucionando com êxito. Nesta cena podemos identificar os (seis) elementos da comunicação, que assim descrevemos:
    1. Emissor – Passageiro retido com medicamentos
    2. Receptor – Viktor é chamado para traduzir o código lingüístico do passageiro tornando- se seu receptor
    3. Mensagem – Diálogo entre Viktor e o passageiro (tradução do idioma)
    4. Código – É o idioma falado pelo emissor e o receptor
    5. Canal – A fala (voz)
    6. Referente – Remédio
 O filme apresenta também merchandising, marcas internacionalmente conhecida como: Pepsi, Burguer King, Xérox, Hugo Boss, Lays e Disney.
 Conhecida com rádio-peão, a transmissão distorcida de informações, também é vista nesse drama, a exemplo da cena entre Viktor e a aeromoça Amélia (Catherine Zeta-Jones) que conversam, o faxineiro escuta e interpreta que Viktor é um espião perigoso, avisando a todos os amigos do terminal tais informações equivocadas.
 Enfim, o filme apresenta vários meios de comunicação e alerta para a necessidade do domínio e da interpretação do código escrito, falado e simbolizado para que seja estabelecida uma maior compreensão, mantendo assim, a ordem e o convívio harmônico nas relações sociais.